
Etiologia:
Sua causa é desconheida, com predisposição genética e envolvimento de alguns tipos de HLA, resultando na proliferação mais rápida das células da epiderme e alteração da ceratinização.
O tipo mais comum de psoríase é a vulgar, que ocorre sob a forma de pápulas e placas descamativas, recidivantes e crônicas em áreas típicas do corpo. A forma gutata, que tem instalação rápida, pode se relacionar com infecção estreptocócica prévia.
Epidemiologia:
O pico de incidência ocorre na idade de 22 anos, em crianças a média etária da doença é em torno de 8 anos. A psoríase tem incidência igual nos dois sexos e pode ser hereditária, ou seja, quando um dos pais tiver psoríase, 8% dos filhos desenvolverão a doença, e quando ambos os pais tiverem a psoríase, 41% dos filhos desenvolverão a doença.
Quadro Clínico:
Pápulas e placas descamativas com características de escamas esbranquiçadas. Geralmente são simétricas, com localização nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo, região anogenital e região lombar. Na criança, há o acometimento da face na regial perioral ( boca) e região periocular ( olhos).
Evolução:
A doença ocorre por surtos ou pode ser contínua. Raramente tem remissão espontânea sem deixar sequelas. O tratamento melhora as lesões, porém não influência na evolução natural da doença.
Tipos de Psoríase:
Psoríase Vulgar: acomete os joelhos, cotovelos, região palmo-plantar e couro cabeludo.
Psoríase Gutata
Psoríase Ungueal
Psoríase Pustulosa
Tratamentos:
O tratamento vai variar de acordo com o tipo, a localização e extensão das lesões, por isso todos os pacientes devem ser examinados pelo menos uma vez por um dermatologista, para que seja confirmado o diagnóstico e para que se escolha o tratamento adequando.
Tópico: corticóides e coaltar, antralina.
Sistêmico: geralmente na infância não é utilizado. PUVA; etretinato e acitrina na formas mais graves; metotrexato que é o mais usado, mais barato e boa resposta; cicloporina.
Recomenda-se muita exposição ao sol.
Fisioterapia Dermato-Funcional e a Psoríare:
Na avaliação do paciente pelo fisioterapeuta, deve-se observar, - condições gerais da pele - alterações da pele - área afetada - extensão, tipo e gravidade da lesão. Pode-se usar uma ficha de avaliação padronizada, onde as áreas afetadas são delimitadas em diagramas da parte ventral e dorsal do corpo. Tomar cuidado com medicamentos que o paciente estiver tomando ou usando, uma vez que alguns alteram as reações do paciente em presença do ultra violeta. Obter a dose de eritema mínimo (DEM), observar a área submetida a tratamento após cada aplicação e reavaliar o paciente a cada sessão de tratamento.
O tratamento com a fisioterapia deve caminhar junto com o tratamento médico, para melhores resultados e satisfação do paciente.
Tramento com Fisioterapia Dermato-Funcional:
Recursos existentes para o tratamento:
1. Relaxamento - muitos tratamentos dermatológicos são à base de tranqüilizantes, o relaxamento será usado quando o paciente estiver nessa situação (no eczema por exemplo, o uso do relaxamento faz com que o paciente possa vencer a vontade de coçar a região).
2. Ultra violeta - usar desde a dose suberitematosa, variando em todos os graus, até a dose eritematosa. Objetivos: a) espessamento da pele b) aumento da descamação da pele c) aumento do suprimento sanguíneo à pele d) aumento da pigmentação da pele.
3. Infra vermelho - para infecção em área localizada visando aumento do metabolismo local e do fluxo sanguíneo para esta região, para dar condições ao tecido de combater a infecção, assim como o uso do aparelho de alta frequência, também pode ser utilizado.
4. Ondas Curtas e/ou Microondas - aplicar primeiro na área de suprimento sanguíneo da região afetada.
5. Crioterapia - o objetivo de início é o eritema, massageando a pele com cubo de gelo, variando o tempo de minutos até horas (em lesões com risco de rompimento da pele, por exemplo, substituir o calor pelo gelo).
6. Ultra som - usado nos processos inflamatórios, através de dosagem baixa, para melhor resolução desses processos.
7. Mobilização dos tecidos - usada quando houver fibrose e espessamento do tecido, podendo levar à contratura ou deformidade, pode-se aplicar estiramento passivo, movimento ativo, massagem profunda localizada e massagem com ar comprimido.
8. Splints e calhas de repouso - usadas para evitar retrações e favorecer o repouso do segmento.
9. Hidroterapia - para facilitar a movimentação e o relaxamento; os procedimentos mais usados são o tanque de Hubbard e a piscina terapêutica.
10. Material elástico - usado como colete, máscara ou para segmentos; alonga os fibroblastos evitando aumento de tecido cicatricial e formação de retrações.
Tópico: Hidratação da pele, emolietes com óleo de amêndoas, loções com ácido salicílico; derivados do alcatrão.
Marcelle Matoso.
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