sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Pele Oleosa

A pele oleosa elimina quantidades mínimas porém constantes de gorduras epidérmicas que irão formar, juntamente com o suor, uma película que cobre e protege a camada córnea, contribuindo para sua coesão, lubrificação e proteção. Quando as glândulas sebáceas produzem mais sebo que o necessário, a pele torna-se gordurosa. No exame clínico, apresenta-se como uma pele brilhante, poros dilatados principalmente nas regiões central da face, nariz, bochechas e queixo. Tendem a formar cravos, geralmente é uma pele irritável.

A pele oleosa tem as funções das glândulas sebáceas extremamente ativadas, descontrole causado por variações hormonais durante a adolescência e também na fase adulta. Acima de tudo, pele oleosa é uma característica e sua intensidade pode variar ao longo da vida, mas se mantém.
É difícil reduzir a quantidade de óleo produzida pela glândula sebácea. Geralmente os produtos indicados para a pele oleosa afinam a camada córnea (a mais superficial) e diminuem os problemas causados pela oleosidade excessiva, mas não conseguem brecar a atividade da glândula.
Segundo pesquisas dos laboratórios Vichy, é durante a noite que a glândula sebácea trabalha para a produção do sebo. Com o “estoque” cheio, ela começa a liberar o óleo no período da manhã. Quando chega a hora do almoço acontece o pico da excreção.
É por isso que a vontade de quem tem a pele oleosa é lavar o rosto o tempo todo. Isso é um erro que acaba estimulando ainda mais a glândula sebácea. O ideal é lavar o rosto duas vezes ao dia com produtos com ácido glicólico, salicílico ou retinóico, que também podem ser usados em géis à noite.


Se não pode lavar, o que fazer para controlar a oleosidade ao longo do dia?

A dica é apelar para os lencinhos matificantes que secam a oleosidade ou aplicar uma camada de pó fino. Os pós ou cremes matificantes sugam a oleosidade e deixam a pele mais sequinha. Mesmo que ao toque a sensação seja de oleosidade, a pele está mais limpa e isolada.



Veja se sua pele apresenta características de pele oleosa:

Pele espessa com poros dilatados ( cravos escuros e claros);
Aparência a oleosa ;
Formação de rugas tardias.


Algumas doenças podem estar associadas à pele oleosa como Acne, Rosácea, Dermatite seborréica e Hiperplasia sebácea.

Como devem ser os produtos para pele oleosa?

Devem normalizar a secreção sebácea, possuir ação calmante e suavizante da superfície, muitas vezes espessa e irritada . Devemos considerar este tipo de pele frágil.
Ainda que a produção de sebo seja abundante, a pele oleosa precisa de hidratação, de preferência em textura oil free.
Apesar de sofrer com rugas mais tardiamente, a flacidez é comum em peles oleosas e esse cuidado diário pode ajudar a retardá-la.

Como tratar da pele oleosa?

Siga as dicas abaixo:

Higiene: limpar com detergentes neutros, evitar os muito ácidos ou alcalinos. Evitar o desengorduramento excessivo, pois pode provocar efeito rebote na produção do sebo. Usar emulsões com baixo teor de gordura.

Tonificação: princípios ativos como o hamamélis, calêndula, hortelã, cânfora e mentol podem contribuir no controle da oleosidade e promover uma ação antiinflamatória.

Correção: devemos prevenir e eliminar os cravos, descongestionar, hidratar e prevenir o envelhecimento. Loções não oleosas ou géis são mais adequados para este tipo de pele.

Estímulo: os principais agentes de estímulo são os derivados da vitamina A (retinóico, retinaldeído), os alfa- hidróxiácidos( glicólico, láctico), ácidos salicílico, propilenoglicol e uréia.

Proteção: protetores solares adequados para prevenção do envelhecimento. Dar preferência aos veículos não oleosos.

Maquiagem: pós-faciais e compactos ressecam a pele e obstruem os poros.
Evite bases densas podem obstruir os poros, acentuando a oleosidade e causando até acne.

Mas será que essas glândulas “maiores e mais trabalhadoras” nunca vão dar um descanso?

Atualmente há duas chances de acabar efetivamente com o problema, o uso de isotretinoína oral ou a fotodinamicoterapia com ácido aminolevulínico. Os dois tratamentos reduzem o tamanho da glândula sebácea, transformando-a em uma glândula de dimensões “normais”, como as das peles comuns.

LEMBRE-SE: O conteúdo é informativo/educativo. Não se deve fazer automedicação. Não é possível indicar qualquer tratamento sem o exame clínico do paciente. Caso necessário, recomendo consultar pessoalmente um profissional capacitado na área.

Marcelle Matoso.

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